Friday, February 16, 2007

Em feverê tem carná!

"Ela é fan da Emilinha. Não saí do César de Alencar. Grita o nome do Cauby e depois vai desmaiar!" Mas quem curtindo carnaval não era fan da Emilinha Borba? Até hoje as músicas que ela tornou populares animam qualquer baile de carnaval que seja mesmo animado. "Chiquita Bacana", “Tomara que chova”, “Vai com jeito”, “Mulata Iê-iê-iê” e tantas outras que ficaram gravadas no verdadeiro espírito do carnaval brasileiro.

Eu conhecí a "Rainha do Rádio" pessoalmente como "Tia Emilinha" pois namorei e fui completamente apaixonado por uma de suas sobrinhas quando eu tinha 16 anos. Eu quis fazer um filme sobre a cantora lá pelos finais dos anos 70. Ela topou. Mas não rolou produção. Pena. E a ex-namorada nunca mais encontrei, mas encontrei a Emilinha há poucos anos na Fiorentina quando tiramos esta foto. Ela mantinha o mesmo humor. Figura!

Tenho boas lembranças de carnaval. Desde garotinho. Desde que o equipamento de qualquer criança no Rio de Janeiro era composto de confeti, serpentina e lança-perfume. Lança-perfume era pra dar aquele friozinho nos outros. Levei muitos anos pra entender porque alguns adultos queriam um friozinho nos lenços.

E carnaval de rua era de rua mesmo. A turma cercava a esquina da Santa Clara com Domingos Ferreira, bem em frente à Loja Balnéa. Juntava os músicos e era o programa da tarde. Pra mim, além das memórias, sobrou esta foto tirada naquela esquina. E também a memória dos blocos que desciam a rua e que me faziam até tomar esporro quando eu era pequeno. Eu saía correndo da mesa de jantar para ver o bloco passar. De araque eu iria deixar passar um sem dar uma sambadinha junto. E quando ouço um frevo me arrepio ainda como se eu tivesse me criado em Olinda.

E neste momento estou em Budapeste ouvindo Chico Buarque cantando “Ñão existe pecado do lado de baixo do Equador”. Não é tão carnavalesco mas eu gosto e tem tudo à ver. Mas dando uma espiada nos preparativos para o Carnaval 2007.

“A prefeitura de Olinda vai colocar 1.200 policiais militares e 100 guardas municipais pelas ruas da cidade durante os quatro dias de carnaval para tentar coibir a prática do beijo forçado e “atos libidinosos” entre os foliões.”

Hmmm... Acho que o senhor prefeito não conhece esta música do Chico.

“O carnaval tem de ser um evento mais generoso com a população. A idéia do Pipocão é democratizar a folia. Chega de abadás e cordas”, disse Carlinhos Brown em Salvador.

É, atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu. Eu já fui. Passei um ótimo carnaval na Bahia acampado no Camping. Mas eu estava casado. Acho que preciso experimentar um estando solteiro...

“Essas bigas são maravilhosas e relatam exatamente o início do nosso enredo: Roma, a origem da língua portuguesa, o latim. Com elas, vêm os gladiadores, os guardiões. Será um espetáculo junto a um Coliseu monumental. O carro vai causar impacto pelo seu tamanho, pelo seu gigantismo e pelos efeitos especiais”, garante Max Lopes.

Go, Mangueira!!!

Eu não tenho a chance de curtir um carnaval no Brasil desde 1979. Também naquele ano agitei o que tinha direito. Banda de Ipanema (com fantasia criada pelo Luis Salém) e tudo mais. Saí até na avenida no Bloco Alegria de Copacabana, com a Ligia Diniz, a Miriam Pérsia e uma turma muito legal.

Agora a fantasia que me resta é sair numa escola que use esportes como tema. Quero estar num carro alegórico em cima de uma bola oval, fantasiado de juiz de futebol americano. Sambando de braços levantados em sinal de TD e rodeado de lindas moças vestidas (despidas?) de cheerleaders, quem sabe cantando um refrão: “e é toooooouchdoown”!

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