Sunday, February 21, 2010

Porque não quero mais ser nome de troféu.


Tem coisas inesperadas que acontecem na vida da gente. Quando o Orlando Jr. me falou que havia colocado o meu nome no troféu do I Torneio Matogrossense de Futebol Americano em Cuiabá (Os times que disputaram esse torneio formaram na sequência o Cuiabá Arsenal) em 2006, eu agradecí e fiquei surpreso e muito honrado.

Eu estava ainda na minha casa em Bristol, uns 2 ou 3 meses depois da minha última transmissão na ESPN, e como os outros colegas da equipe brasileira cortada, ainda meio chocado e perdido no tempo e no espaço. Pegou muito bem, mas como eu estava físicamente longe foi quase “irreal” na minha percepção. Só quando ví no YouTube o video da reportagem no TVCA Esportes é que acreditei. Por mais maluca que tenha sido a minha reação foi como se o “André José Adler” falado não fosse eu mesmo.

Depois acabei indo para a Hungria, aconteceram as surpresas de acabar comentando NCAA no Sport Klub, envolvimento com a liga de futebol americano de lá, produção de duas temporadas do programa “Touchdown”, e a nao ser por duas reportagens para a ESPN Brasil sobre o Puskas, fiquei completamente fora de cena aqui no Brasil onde eu não vinha desde fevereiro de 2005.

Claro, recebendo mails de fans, scraps no orkut, e sempre ligado na bola oval brasileira. Citando Duda Duarte em jogo da NCAA e o mostrando o Corinthians Steamrollers jogando flag no programa “Touchdown”, E sempre ligado ao pessoal pela Lista Redzone.

Em setembro de 2008, eu estava me preparando para fazer uma visita ao Brasil em outubro e conversando no skype com o meu amigo Fabiano Alves, um dos moderadores da Redzone. Ademir Castro, o Dema do Barigui Crocodiles, havia me convidado para o 1º jogo full pads “a la NFL” do Brasil, que se realizaria em 25 de outubro e eu armei a viagem para estar presente. Fabiano me disse que o SP Storm e o Sorocaba Vipers iriam jogar o 1º jogo de tackle de São Paulo, e que o Mario Lewandoswki, queria aproveitar a minha vinda e chamar o evento de Adler Bowl ou Taça Adler.

O momento em que recebí a placa das mãos de Danilo Müller no Ibirapuera, encarando mil e sei lá pessoas na platéia, com a ESPN, Record, Band Sports, e outras mídias presentes foi de fato incrível. Foi um perfeito substituto ao Oscar que sonhava ganhar quando era ator infantil. Conversei muito, conhecí muita gente de times, o Everaldo Marques, o Paulo Antunes, reví galera que não via há anos e ainda ganhei uma linda camisa do Devilz.

Esta viagem foi um marco na minha vida. Em seguida fui para Joinville onde narrei para o estádio (pela primeira vez na vida) o SC Bowl III entre o Caxias Panzers e o Jaraguá Breakers. A próxima parada foi Rio de Janeiro, visitando parentes e amigos, almoçando com Miguel Lopes e Rodrigo Hermida da AFAB e discutindo novas possibilidades para o futebol americano no Brasil.

Finalmente a ida a Curitiba e o prazer e a honra de narrar o jogo histórico entre o Curitiba Brown Spiders e o Barigui Crocodiles. Silvio Santos Jr. estava lá também e o convidei pra comentar comigo, foi um grande barato! Depois, a reunião ja citada neste blog onde nasceu a semente do Torneio Touchdown, o anúncio da participação de diretores representando vários estados na AFAB, e uma noite de jantar com o time do Spiders e depois drinks com a galera do Crocodiles.

Voltei para a Hungria com a bola oval brasileira na cabeça, depois de contar em Nova York um resumo do que ví por aqui para o Gordon Smeaton, Vice Presidente da NFL International. E voltei com algo mudado dentro de mim. Vontade de fazer mais alguma coisa no Brasil para colaborar para um maior desenvolvimento da bola oval e merecer mais o carinho que recebi por aqui.

O programa “Touchdown” foi um sucesso na Hungria. E logo planejei fazer ele no Brasil de alguma forma, quando se chegasse ao ponto de ter jogos equipados de boa qualidade. Na verdade, o nome Torneio Touchdown me ocorreu para um casamento com um programa, e pela sua despretensão.

Eu já estava apalavrado com Laszlo Toth, presidente da MAFL (a liga húngara), para uma nova temporada do programa em 2009. As edições de 2007 e 2008 levaram mais público para o estádio e os times federados chegariam a 25 em 3 divisões, um fenomeno para um país um pouco menor que o estado de Santa Catarina.

Enquanto isto, o Flavio “Skin” Cardia já estava planejando, com o Mario Lewandovski, fazer um torneio equipado ser uma realidade em 2009. E Flavio me mandou um depoimento no orkut dizendo que queriam a final fosse a Taça Adler II. Distante daqui, não ví porque não principalmente se achassem que ajudaria em marketing de alguma forma, baseado no sucesso do jogo no Ibirapuera.

Com a crise atingindo a economia da Hungria, o patrocínio caiu e foi a deixa para eu dar um salto no escuro e voltar para o Brasil depois de mais de 30 anos, trazendo meus dois cachorros e minhas quinquilharias.

Novamente via Fabiano, que estava ajudando a sistematizar as idéias e formatar um campeonato, recebi convite para participar de sua gestão. Aceitei como Conselheiro.

Cheguei em fins de março e já em abril estava com o Mário em Sorocaba, durante o I Torneio de Seleções, em reunião com representantes de times que assinaram o termo de compromisso de participação.

Depois disto o nosso planejamento do Torneio Touchdown tomou conta de um bocado do meu tempo. Fizemos tudo com muito entusiasmo. Rodei um pouco pelo Brasil fazendo palestras na reunião da ANEFA em Campina Grande, PB e na Clínica do Corinthians em São Paulo, SP.

Chegando junho, Orlando me chama no msn e me dá um link no site do Cuiabá Arsenal para eu ler. Vou e leio:
“Por iniciativa do Running Back Tiagão #37 do Cuiabá Arsenal um novo troféu para o Pantanal Bowl foi criado. A inspiração é o troféu Vince Lombardi, que é entregue à equipe campeã de cada Superbowl. O troféu do Pantanal Bowl foi preparado em madeira. André José Adler. Fundador da lista de discussão REDZONE e ex-narrador da ESPN Internacional, André José Adler é um dos principais incentivadores do Futebol Americano no Brasil e do Cuiabá Arsenal em particular. No primeiro torneio da cidade, que aconteceu em Abril de 2006, Adler emprestou seu nome ao troféu e ajudou na divulgação durante as transmissões das partidas da NFL. Esse torneio foi o embrião do Cuiabá Arsenal e nada mais justo que manter a homenagem ao grande mestre: o troféu do Pantanal Bowl é o Troféu André José Adler.”

Claro que fiquei envaidecido e honrado. Ainda mais sendo iniciativa do Tiagão, um dos melhores jogadores do Brasil. A primeira coisa que fiz foi ligar para o Flavio e para o Mario para contar e dizer que assim não daria mais pé de chamar o troféu do Torneio Touchdown de “Taça Adler”, o que acabaria me facilitando já que além de conselhos aconteceu de eu ter tido um papel muito mais executivo que imaginava no Grupo Gestor, desde intermediar com o RJ Imperadores e o Sorocaba Vipers o adiamento do que seria o 1º jogo do torneio devido à chuvas, quando o Mario estava fora do Brasil, até junto com o Mário conseguir que a final incompleta do torneio se completasse em Sorocaba, graças ao apoio e esforço do Marcos Alexandre do Sorocaba Vipers.

Depois dos telefonemas ao Flavio e ao Mario, rabisquei no site do Cuiabá Arsenal:
“Troféu Xárá

1 Seg, 08 de Junho de 2009 08:05

Eu fiquei sem palavras por um bom tempo quando o Orlando me deixou um recado para ver esta página. No primeiro jogo em Cuiabá, quando a taça teve meu nome, eu estava nos Estados Unidos. E por mais honrado que fiquei na época, a ficha não caiu total. Ano passado, em São Paulo, quando o São Paulo Storm e o Sorocaba Vipers disputaram o primeiro jogo de tackle do estado e chamaram de Adler Bowl, eu vim da Hungria e recebí honrado a placa comemorativa no Ibirapuera cheio. Pareceu que eu estava dentro de um filme.Ontem, quando lí esta notícia, eu fiquei sem palavras por um bom tempo. Um troféu rotativo me lembra hockey, NHL, Stanley Cup. Me enchi de orgulho e mandei o link pra minha família e alguns amigos mais próximos. Orgulhoso e ao mesmo tempo encabulado. Ainda mais que o Pantanal Bowl tem a reputação de ser o torneio mais organizado do Brasil, e eu estarei presente pela primeira vez. Devo ter feito e estar fazendo alguma coisa para estar merecendo isto. Só me dá vontade de fazer mais e colaborar para o crescimento no Brasil de um esporte em cuja essencia eu acredito. Um esporte que dá chances para qualquer um ter o seu lugar num time. Obrigado Orlando. Obrigado Tiagão. Obrigado Cuiaba Arsenal.Confesso também que estou curioso pra saber se o Troféu "Xárá" vai ficar no Mato Grosso este ano, se vai para Brasília, São Paulo ou Rio! Não estarei sem palavras para narrar. Are you ready for some football? I am! André José Adler”.


O Pantanal Bowl foi um barato, e o Arsenal venceu. Eu entreguei o troféu e descobrí que me deu muito mais felicidade entregar um troféu ao campeão, como entreguei desde então aos campeões do Torneio Touchdown 2009, SC Bowl IV, Carioca Bowl X, e Saquarema Bowl VII, do que o troféu ter o meu nome. Principalmente após ter narrado cada jogada das partidas. Espero repetir isto.

Mas após todos os eventos da temporada de 2009 eu fiz um exame de meus sentimentos e pensamentos. Pesei vaidade e ego. Pesei passado, presente, e futuro. Pesei me sentir honrado e me sentir encabulado. E pesei encerrar carreira e continuar ainda na ativa, como estou.

E profundamente grato ao Mario, SP Storm ao Sorocaba Vipers, AFAB, LPFA (apoiadores da Taça Adler), ao Flavio Cardia pela sua intenção, ao Tiagão, Orlando, e ao Cuiabá Arsenal, pelos momentos de emoção, decidi que daqui para a frente não quero mais ser nome de troféu. Não enquanto estiver vivo. Me complica.

Mas quem sabe, a previsão de Chris Calcinari, um dos Vice Presidentes da ESPN, feita no jantar de despedida da equipe brasileira em Bristol ainda se realiza: Ele disse na mesa que estava comigo, Marco Alfaro, Luciana Quaresma e outros: “O André ainda acaba nome de estádio de futebol americano no Brasil, pelo tanto que ele levanta a bandeira aqui na ESPN e na NFL!”.

Um estádio de futebol americano no Brasil? Hmmm... Isto sim, eu gostaria de ver de qualquer maneira. Mesmo que tenha meu nome. Dane-se qualquer modéstia!

De qualquer modo, a homenagem que a AFAB me fez em 2005 me nomeando embaixador, e me presenteando inclusive com um vidrinho com areia da Praia de Copacabana, sem marketing ou presença de mídia, mas com muitos jogadores, família e amigos, já teria me premiado uma carreira.

Eu sei as coisas que fiz, que estou fazendo, e que ainda quero fazer pelo desenvolvimento do futebol americano no Brasil. Por isto, cada vez que vejo uma bola oval em mãos brasileiras eu me sinto recompensado.


Links relacionados:
http://www.youtube.com/watch?v=na8jdxe_f6E
http://www.youtube.com/watch?v=UWh7XgeHBPc
http://www.youtube.com/watch?v=Ts8grx0p0oQ
http://www.youtube.com/watch?v=5SFGNB21lNQ
http://www.youtube.com/watch?v=OInbiUo2H_g
http://www.youtube.com/watch?v=Cl5eI51mhYI
http://www.touchdown.net/redzone
http://www.youtube.com/watch?v=c_g32uRllc4
http://www.mafl.hu
http://www.sportmedia.hu/amerikaifoci/videok/index.php?nyitott=
http://www.cuiabaarsenal.com.br/pantanal-bowl/pantanal-bowl-iii-2009/pantanal-bowl-ganha-trofeu-de-posse-provisoria.html

Wednesday, February 17, 2010

Carta aberta da AFAB para a Revista ESPN

A Revista ESPN publicou uma matéria excelente sobre o Torneio Touchdown. No entanto há nelas algumas omissões e informações incorretas. Miguel Lopes, Diretor Executivo da AFAB esclarece:

DA: AFAB
AO: EDITOR DA REVISTA ESPN
Em nome da Associação de Futebol Americano do Brasil, venho parabenizar os responsáveis pela revista ESPN pelo excelente trabalho desenvolvido. Um trabalho busca excelência na qualidade da impressão, nas fotos e principalmente isenção e correção de seus textos.

Cabe também agradecer aos senhores pelo espaço dado a pratica do futebol americano no Brasil, a ESPN continua sendo um parceiro fundamental para a divulgação de nossas atividades, garantindo assim o continuo crescimento do esporte no Brasil.

Olhando para a reportagem, “O Nosso Super Bowl” como um parceiro que deseja auxiliar na busca da excelência do trabalho desenvolvido pela revista me sinto na obrigação de corrigir algumas das informações veiculadas nesta reportagem.

Comecemos por esclarecer a idealização do Torneio Touchdown, a primeira vez que tal idéia foi apresentada em publico ocorreu em um evento organizado em Curitiba, onde duas equipes locais, o Crocodiles e o Brown Spiders realizaram sua primeira partida totalmente equipadas. Terminada a partida, foi realizada uma reunião onde estavam presentes representantes da AFAB, das duas equipes, da futura Liga Paranaense, o senhor André José Adler e o senhor Mario Levandowski. Durante esta reunião o senhor André externou sua idéia de desenvolver um torneio envolvendo equipes convidadas as quais deveriam vir de diversos estados e serem capaz de despertar o interesse do publico brasileiro pelo esporte. Imediatamente o senhor Mario se mostrou interessado e juntos começaram a organizar o Torneio Touchdown 2009. Tal fato ocorreu alguns meses antes do Torneio de Seleções, momento no qual mais times foram chamados a participar do Torneio.

Outro ponto que deve ficar claro é que a AFAB sempre procurou apoiar naquilo que lhe foi solicitada, porem toda a responsabilidade e mérito pela organização do Torneio cabe ao Comitê Gestor do Torneio, o qual era formado por representantes de alguns times e o senhor André José Adler. Unicamente para facilitar a comunicação entre o Conselho Gestor e a AFAB mantínhamos um assento como ouvintes no Conselho Gestor. No caso especifico do Torneio de 2009 foi solicitada a AFAB que apoiasse o Torneio nas áreas: arbitral e disciplinar, itens sobre os quais assumimos nossa responsabilidade, porem em momento algum escolhemos ou designamos campos para realização das partidas ou qualquer outro item relativo a organização do evento.

Um ultimo ponto que julgo de grande importância colocar diz respeito na classificação do Torneio como um Campeonato Brasileiro. Seja formal ou seja informalmente vemos tal classificação como totalmente equivocada. Em nosso entendimento um Torneio em que só podem participar equipes convidadas, onde a definição das equipes a serem convidadas e feita por um pequeno grupo de pessoas, onde o Grupo Gestor não tem um representatividade nacional e principalmente por não ser este o objetivo do Torneio. Que fique claro a AFAB apoiou e reconhece a grande contribuição trazida pela realização do Torneio em 2009.

Mais uma vez agradeço o apreço que a ESPN tem com o futebol americano no Brasil e esperamos ter contribuído de forma positiva para o belo trabalho que vem sendo desenvolvido pela Revista ESPN.


Miguel Lopes
Diretor Executivo
Associação de Futebol Americano do Brasil



Os presentes na reunião em Curitiba: De pé comigo: Rodrigo Hermida, Miguel Lopes (AFAB) Nilo Tavares (Barigui Crocodiles), Fernando Boing (LCFA), Adan Rodrigues (Crocodiles), Romenito Siewerdt (Joinville Gladiators), Mário Lewandowski (São Paulo Storm) Agachados: Marcio Alves (Curitiba Brown Spiders), David Pereira (Hurricanes), Rodrigo Proença (Brown Spiders)

Sunday, February 14, 2010

A “Hiperbola” Oval Brasileira






Hipérbole ou auxese é a figura de linguagem que incide quando há demasia propositada num conceito expressa, de modo a definir de forma dramática aquilo que se ambiciona vocabular, transmitindo uma idéia aumentada do autêntico.
Fonte: Wikipedia





O que é mais pretencioso? O pessoal nos Estados Unidos declarar o vencedor do Super Bowl como “Campeão Mundial” num campeonato que envolve apenas um país, ou campeonatos como o da NBB que em 2009 teve a representação de apenas 8 estados, ser o Campeonato Brasileiro de Basquete?

Eu estava relendo alguns artigos publicados em 2009 sobre o Torneio Touchdown, e por mais lisonjeiro que seja, apelidos como “Brasileirão” de Futebol Americano, Nacional de Bola Oval, Campeonato Brasileiro de Futebol Americano, não expressam a realidade de um torneio com a participação de apenas 6 unidades federativas.

Para que a hiperbóle? Num país com 26 estados e um distrito federal, eu acho que qualquer campeonato para ser considerado o “brasileiro” da modalidade deve ter por baixo a representatividade de ao menos 50% deste nosso imenso país.

Se eu não pensasse assim me sentiria injustiçando o nordeste por exemplo. Como se os esforços e o jogo de mais de 25 times não contassem porque os equipamentos ainda não entraram em jogo por lá. E Manaus? E o resto do Norte?
E o resto do leste e do centro do país?

Acho que o Torneio Touchdown abriu as portas da popularização da bola oval, e de 8 times. Maravilha. Mas estamos apenas começando. Temos mais que melhorar o nível dos jogos, e claro do espetáculo dos eventos. Temos que apoiar todas as iniciativas regionais, na esperança que em poucos anos possamos ter um campeonato de futebol americano tão representativo que possamos com orgulho chamá-lo de “Brasileiro” sem alienar ou ofender estados.

Até lá, vamos promover jogos amistosos, torneios, “bowls”, campeonatos. Até lá eu prefiro chamar o Torneio Touchdown (se preciso for) pelo apelido de Campeonato Pan Estadual de Futebol Americano!

A bola é sua!

André José Adler

PS: Federações estaduais de jiu-jitsu no Brasil:

AC | AL | AP | AM | BA | CE | DF | ES | GO | MG | PA | PB | PR | PE | PI | RJ | RN | RS | RO | RR | SC | SP | SE | TO

Fonte: Wikipedia

Tuesday, February 2, 2010

Filosofia do Torneio Touchdown

Após o sucesso do Torneio Touchdown 2009, que deu a oportunidade para 8 times jogarem pela primeira vez um campeonato multi-estadual, e ajudou a projetar a Bola Oval brasileira à uma visibilidade histórica, o Torneio Touchdown II espera dar mais um passo para a popularização da prática do futebol americano jogado no Brasil, e de seu apelo para o maior número de espectadores possíveis.

Os times pioneiros do ano passado optaram por continuar o seu desenvolvimento fundando uma liga própria para um novo campeonato de futebol americano.

Criou-se a oportunidade para o Torneio Touchdown 2010 possibilitar a entrada de 8 times que terão a mesma oportunidade de estréia e desenvolvimento que tiveram o Gladiators, Crocodiles, Brown Spiders, Tubarões do Cerrado, Arsenal, Vipers, Storm, e o campeão RJ Imperadores.

Reconhecendo que a dimensão do Torneio Touchdown requer o apoio administrativo e legitimizador de uma liga, o caminho natural foi levar o TT 2010 para a única liga brasileira de escopo nacional, já reconhecida pelo Ministério dos Esportes e pelos orgãos internacionais de futebol americano, a AFAB.

Assim como a missão da AFAB é o desenvolvimento deste esporte em todos os níveis desde a sua base, e o apoio à todas as iniciativas legítimas que ocorrem no Brasil, a filosofia do Torneio Touchdown é o de criar oportunidades para mais times e ser um momento desta história de um esporte que certamente achará seus próprios caminhos.

Na medida que os campeonatos estaduais vão se desenvolvendo pelo país, a visão de um verdadeiro e representativo campeonato nacional com os campeões de cada estado parece se tornar uma probabilidade futura.

Enquanto não chegamos à um número de times equipados e capazes para um “brasileirão”, ou um modelo Liga da UEFA que seja, o Torneio Touchdown fará sentido criando lado à lado com novos times os jogos e eventos esportivos que ano à ano vao aumentando a atenção para a bola oval.

O Torneio é um “invitational”. Uma vez identificados times de qualidade e boa administração capazes de ter emocionantes rivalidades dentro do campo, e união de esforços fora dele, estes times são convidados.

Bons estádios, transmissão ao vivo pela internet, estátisticas de jogo serão fundamentais para interessar ao público e eventuais patrocinadores.

Entendendo as nossas realidades, qualquer associação de time com clube de futebol, instituição de ensino particular, ou empresas não serão tomadas em conta preconceituosamente, assim como não serão fator determinante de inclusão.

Paralelamente, o Torneio Touchdown apoia todas as iniciativas de formação de novos times no Brasil, e novos torneios, bowls, campeonatos.

Quanto mais... melhor!