Em 2009, no primeiro Torneio Touchdown, entraram os times que tinham equipamento ou teriam até a abertura do campeonato. Foram oito. O critério era unicamente este. Em 2010, os times pioneiros optaram por continuar o seu desenvolvimento fundando uma liga própria para um novo campeonato de futebol americano.
Acreditando numa gestão sem cargos que possam criar sequer uma aparência de parcialidade ou favorecimento para times representados em diretoria por rivais, optei por assumir o Torneio Touchdown II e convidei sete times, “Os Sete Samurais”, para estrearem seguindo esta filosofia.
Com o apoio da AFAB, e sem fazer grandes promessas, mas com clareza nos nossos objetivos e com um grande espírito de colaboração de todos os times conseguimos fazer um campeonato equilibrado e de sucesso maior que o esperado, com excelente apoio de mídia, 10 000 espectadores, e ainda recompensados com a oportunidade de fazer a nossa final em Vila Belmiro. Pessoalmente, ainda posso botar na minha lista de vaidades ter sido o primeiro locutor a narrar um touchdown em estádio de Série A no Brasil.
Durante o ano pensei muitas vezes, que uma vez terminado o torneio, eu encerraria a minha curta carreira de organizador de campeonato, coisa que o Jayson Braga (Sideline Brasil) jamais acreditou e recentemente deu boas risadas ao ver que estava certo.
O sucesso de 2010, o empenho dos times, o interesse de novos times e a decisão de continuação no TTD por parte de cinco dos sete times que o disputaram no ano passado tornaram irresistíveis a vontade de satisfazer aos jogadores de inúmeros times brasileiros que me diziam em scraps e depoimentos no Orkut, twitts e mensagens diretas no twitter, recados pelo Facebook , emails, MSN e até pessoalmente que queriam jogar num Torneio Touchdown 2011.
Abrimos as portas e inscrições. Nosso anfitrião em Vila Belmiro, o Santos Tsunami, já estava no patamar. Com as portas abertas, o Timbó Rhinos, que nos havia presenteado com uma bela arte para a nossa final na Vila, resolveu entrar e tentar novos caminhos conosco. O Corinthians Steamrollers, um dos destaques em organização e criatividade de marketing no ano passado em sua primeira temporada nacional, também veio juntar-se ao grupo de 2010 formado pelo campeão Vila Velha Tritões, o vice Vasco da Gama Patriotas, o Curitiba Hurricanes e sua extraordinária defesa, o Ponta Grossa Phantoms que foi o único time invicto por duas semanas, e o jovem e surpreendente Jaraguá Breakers.
Estávamos com 8 times. Foi quando tivemos a grata satisfação de receber de volta o Tubarões do Cerrado, um dos fundadores do Torneio Touchdown, que fará conosco a sua terceira temporada nacional. Seu time amigo, o Uberlândia Lobos, achou no TTD o seu endereço certo para estréia nacional e veio junto para ser o primeiro time mineiro na história do torneio. Estávamos com 10 e de bom tamanho.
Mas muitos times novos já haviam pedido informações e expressado grande desejo de participar. Bruno Araujo, do Tritões e Ricardo Trigo, do Corinthians me botavam pilha para incluir mais times. OK. Vamos lá. Curitiba Predadores, time novo que vai estrear este ano no Campeonato Paranaense. Sorocaba Eagles, vindo do flag para o tackle. Corupá Buffalos, já com experiência no Campeonato Catarinense, que cativou a atenção de todos no FA com um excelente vídeo de apresentação. ABC Corsários, representando uma área onde o futebol americano já ferve há alguns anos. E então veio o Botafogo Mamutes (favorito do meu parceiro Marco Alfaro desde as nossas citações nas transmissões de NFL) , time tradicional das praias cariocas, que vai estrear na grama. Ficamos com 15 e naturalmente mais uma vaga.
Para não exagerar, tínhamos 5 times interessados ainda no “balaio”. Dos cinco, dois pareciam serem os candidatos mais plausíveis por uma série de razões: Ribeirão Preto Challengers, campeão do II Desafio do Triângulo Mineiro, e o São Paulo Sharks, o primeiro time de futebol americano de São Paulo, e o time com maior número de títulos da LPFA, começando também na grama.
Decidir não estava fácil. Conversei com parceiros. Liguei novamente para o Xico do Challengers e o Gabriel do Sharks. Ambos querendo. E eu sofrendo pela indecisão.
A gente nunca sabe de onde vem as respostas ou as boas idéias. O almoço estava quase pronto e Rita, minha sábia empregada (já diarista do Jayson também) me viu com expressão perdida em frente ao computador e perguntou “O que foi, seu André? (ela não me chama de Adler)”. Eu expliquei a situação e ela simplesmente: “Por que o senhor não bota os dois times para disputar jogando?”. Eu me lembrei das histórias em quadrinhos que lia em garoto e uma lâmpada aparecia quando alguém tinha uma idéia. Eu disse... “Rita, você é gênio!”.
Liguei para o pessoal do Challengers e o do Sharks e eles toparam. Assim que anunciei o jogo foi logo carinhosamente apelidado de Rita Bowl!
Portanto, dia 27 de fevereiro, às 14h30min, no Estádio João Meirelles, na Rua Dr. Alfredo Guedes 720, em Tambaú, SP, será disputada a 16ª vaga no TTD 2011, no primeiro evento do Torneio Touchdown III. Pena que só temos mais esta vaga. Quem perder já estará garantido, se quiser, para um provável Torneio Touchdown IV em 2012...
Sendo esta a primeira vez que uma vaga será disputada, já dá para prever um futuro quando um verdadeiro “Brasileirão” será jogado por campeões e vice campeões de estaduais. Até lá que haja campeonatos interestaduais e nacionais para absorver o crescente número de times que se equipam para fazer a bola oval crescer e se estabelecer como um esporte que vai achando o seu caminho no Brasil.
1 comment:
Adler, dia 27 q horas? afinal é um pouco longe de MAua mais quero está presente...parabens pela iniciativa! GO GO ABC CORSARIOS
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